Imagem | Reuters | Reprodução Lobo News Information Brasil para fins jornalísticos
Grupo Wagner recrutou presos russos oferecendo anistia por seis meses de combate na Ucrânia; prática agora institucionalizada pelo Exército russo. Reportagem detalha os riscos desse modelo.?
Introdução
Um modelo de recrutamento militar obscuro e brutal ganhou destaque internacional: o Grupo Wagner, liderado por Yevgeny Prigozhin, recrutou milhares de prisioneiros russos, oferecendo liberdade após seis meses de combate na Ucrânia. Este método chegou a ser institucionalizado pelo Ministério da Defesa da Rússia, mostrando como o Estado replicou táticas da empresa mercenária para fortalecer sua guerra no front.
A origem: Wagner e os prisioneiros como carne de canhão
O vídeo viralizado e confirmado pela BBC mostra Prigozhin em uma colônia penal, dizendo:
“Se você servir seis meses no Wagner, está livre”,
ou advertindo:
“Se fugir, nós o executamos” BBC.
Segundo relatório da Reuters, esse modelo foi posteriormente adotado pelo governo russo — convictos foram liberados após contratos com o Ministério da Defesa Reuters.
O impacto mortal da Batalha de Bakhmut
Na sangrenta Batalha de Bakhmut, o Grupo Wagner liderou ofensivas altas em baixas. Uma reportagem da The Times relatou que cerca de 20 mil combatentes morreram — muitos deles recrutados das prisões The Times. Isso expõe o uso massivo de homens como escudos humanos no conflito.

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Praticamente institucionalizado: o modelo Wagner como base dos “Storm-Z”
Em abril de 2024, o jornal Le Monde revelou que a Rússia aprovou leis que expandem o recrutamento de prisioneiros para o exército regular, com estimativas que chegam a 150 mil detentos recrutados Le Monde.fr.
Essas tropas passaram a integrar as chamadas unidades “Storm-Z”, nascidas após o declínio do Grupo Wagner. Essas unidades contavam com células formadas por ex-detentos, com promessas similares: liberdade por serviço de combate e remuneração Wikipedia.
Um regime que fabrica matadores e depois os libera
Especialistas alertam para os perigos sociais dessa prática. Muitos sobreviventes retornam com histórico criminal reforçado. Segundo a Wikipedia, casos de assassinatos após o retorno não são raros — e resultam em aumento da criminalidade nas cidades Wikipedia.

Quem foi Prigozhin — o chefão por trás de tudo
Yevgeny Prigozhin, apelidado de “chef de Putin”, transformou-se de condenado por roubo em magnata das catering com contratos lucrativos com o Kremlin. Ele comandava o Wagner desde 2014, mas morreu em agosto de 2023 em um incidente aéreo controverso AP News.
Síntese do modelo e suas consequências
- Recrutamento coercitivo – Prisioneiros são captados com promessas de liberdade.
- Custo humano altíssimo – Mortes em batalhas como Bakhmut são massivas.
- Institucionalização da prática – Governo russo replicou o método Wagner.
- Consequências civis perigosas – Ex-combatentes retornam ao crime.
- Liderança obscura – Prigozhin articulava a operação até sua morte.
Conclusão
O modelo de recrutamento de prisioneiros do Grupo Wagner evoluiu para um método de guerra institucionalizado e perigoso. A prática resulta não apenas em milhares de mortes, mas também alimenta um ciclo de violência dentro e fora das fronteiras ucranianas — colocando em xeque não apenas as estratégias militares da Rússia, mas a própria segurança de suas cidades.
Fontes: Reuters/BBC/Le Monde/The Times/The Guardian