Em tempos de excesso de informações e recomendações divergentes sobre saúde, o renomado médico e autor Dr. Lair Ribeiro reacende uma discussão sensível: o consumo de sal. Em sua análise, ele diferencia radicalmente o chamado sal integral (não refinado) do sal de cozinha comum, alertando para os riscos invisíveis do refinado industrial.
O que é o sal refinado?
Segundo o Dr. Lair, o sal refinado nada mais é do que uma mistura de cloreto de sódio e cloro. Esse composto é resultado de um processo industrial que elimina mais de 80 minerais naturais originalmente presentes no sal integral. Além disso, durante o refino, o sal passa a conter aditivos químicos como ferrocianeto de sódio, citrato de amônia, silicato de alumínio e dextrose – substâncias que, segundo o médico, são prejudiciais à saúde a longo prazo.
A diferença está na composição
“O sal integral é um alimento. O sal refinado é um produto químico”, diz Lair Ribeiro. A crítica dele se baseia no fato de que o sal refinado perde completamente sua complexidade mineral e adquire traços de resíduos industriais. “Ao buscar um visual mais branco e puro, ele se torna tóxico e inútil para o corpo humano”, afirma.
Quatro mitos que você precisa conhecer

Durante sua apresentação, o Dr. Lair Ribeiro desmonta quatro crenças populares sobre o consumo de sal:
- Mito 1 – Todo sal é igual: Para ele, o sal refinado é nutricionalmente pobre e quimicamente contaminado. Já o sal integral, preserva minerais essenciais ao corpo.
- Mito 2 – Dietas com pouco sal são mais saudáveis: O médico afirma que dietas hipossódicas resultam em cansaço precoce e podem provocar problemas metabólicos no longo prazo.
- Mito 3 – Alimentos com pouco sal são mais seguros: Ele sustenta que o sal integral é fundamental para o equilíbrio eletrolítico e diversas funções celulares.
- Mito 4 – Reduzir o sal evita hipertensão: Ribeiro aponta que todos os estudos que ligam sal à pressão alta foram feitos com sal refinado. “Nunca testaram o integral”, enfatiza.
Revisão crítica da ciência nutricional
Lair Ribeiro também recomenda o livro do médico norte-americano David Brownstein, especialista em sal não refinado, como leitura complementar. Segundo ele, a população precisa rever os hábitos alimentares influenciados por décadas de lobby da indústria alimentícia e por diretrizes públicas desatualizadas.
“A medicina está sendo guiada por interesses industriais. Precisamos voltar ao essencial e entender o que realmente nos nutre”, conclui o médico.