O Maníaco do Parque surpreendeu com aparência alterada e traços femininos. Automutilação, dentes quebrados e comportamento estranho levantam dúvidas sobre seu futuro em liberdade.
Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como Maníaco do Parque, voltou a chamar a atenção da opinião pública após a divulgação de imagens recentes dentro do presídio. O criminoso, condenado por uma série de crimes brutais cometidos na década de 1990, surgiu com aparência diferente, exibindo traços associados a um comportamento feminino e sinais visíveis de automutilação, incluindo dentes quebrados. O caso reacendeu um intenso debate sobre seu futuro, já que sua pena pode resultar em progressão de regime nos próximos anos.
Aparência transformada e feições femininas
Nas imagens, Pereira surge irreconhecível para muitos que se lembram do rosto do homem que aterrorizou São Paulo nos anos 1990. Seu cabelo, postura e gestos levantaram discussões sobre uma tentativa de adotar feições femininas dentro do sistema carcerário. Especialistas apontam que mudanças de comportamento em ambientes de reclusão não são incomuns, mas, no caso de um condenado por crimes sexuais e homicídios, a interpretação ganha contornos ainda mais polêmicos.
Essa alteração de identidade visual e comportamental levanta dúvidas sobre se seria uma estratégia de sobrevivência dentro da prisão ou parte de um quadro psicológico mais grave.

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Automutilação e dentes quebrados
Outro ponto que chamou atenção foi o estado de saúde do criminoso. Francisco de Assis Pereira aparece com dentes quebrados e sinais claros de automutilação, o que evidencia um possível quadro de sofrimento psicológico profundo. Relatos sugerem que ele próprio teria causado parte desses danos, o que amplia as discussões sobre sua condição mental e a capacidade de tratamento dentro do sistema prisional.
A automutilação em presídios é muitas vezes associada a distúrbios emocionais graves, mas, em figuras conhecidas e marcadas pela violência de seus crimes, o impacto social é ainda maior.
Histórico de crimes brutais
O Maníaco do Parque foi condenado por atrair mulheres com falsas promessas de trabalhos como modelo fotográfica. Uma vez em contato com suas vítimas, as levava para áreas isoladas do Parque do Estado, em São Paulo, onde praticava violência sexual seguida de assassinato. Estima-se que dezenas de mulheres tenham sido atacadas, deixando uma marca profunda na memória coletiva do país.
Seu nome tornou-se sinônimo de crueldade e manipulação, e o caso foi um dos mais acompanhados pela imprensa brasileira na época.

Dúvidas sobre liberdade condicional
Com o tempo de pena já cumprido, cresce a possibilidade de que Pereira possa obter algum tipo de progressão de regime. Essa hipótese gera temor e revolta entre familiares de vítimas e setores da sociedade civil, que questionam se um homem condenado por crimes tão bárbaros poderia voltar ao convívio social.
A recente transformação física e os sinais de automutilação apenas intensificaram as incertezas: estaria o criminoso em condições de ser reintegrado à sociedade? Especialistas em direito penal lembram que a lei prevê tratamento isonômico, mas ressaltam que, em casos como este, a comoção social influencia diretamente no debate jurídico.
Impacto social e psicológico
A imagem de um homem que marcou uma geração com crimes hediondos, agora apresentando feições femininas e automutilação, causa choque e curiosidade. Para muitos, trata-se de uma tentativa de escapar da própria identidade, marcada pelo terror que espalhou. Para outros, é apenas reflexo do sistema prisional, que pouco oferece em termos de tratamento psicológico e reintegração.
Enquanto alguns defendem que ele cumpra integralmente a pena, outros alertam para os riscos de superlotação carcerária e defendem avaliações psiquiátricas mais rigorosas. O fato é que a figura do Maníaco do Parque continua despertando atenção, mesmo após mais de duas décadas dos crimes.
Futuro incerto
O destino de Francisco de Assis Pereira segue indefinido. Sua imagem transformada, entre traços femininos e sinais de automutilação, coloca em pauta não apenas sua saúde mental, mas também a capacidade do sistema de lidar com criminosos de alta periculosidade.
Para a sociedade brasileira, o temor é claro: a eventual saída de um dos maiores símbolos da violência urbana dos anos 90 ainda é vista como uma ameaça real.
Fonte: Jorge Lordello/ Na Cena Do Crime