sáb. dez 13th, 2025
“Análise da sequência de títulos do Flamengo no Brasileirão e na Libertadores e a explicação de como surgiu o apelido ‘Urubu’.”

Na noite de hoje, a torcida rubro-negra viveu mais um momento histórico. O Flamengo garantiu o título do Campeonato Brasileiro 2025 ao vencer o jogo decisivo — coroando uma semana de glórias: dois troféus em menos de cinco dias. A celebração não foi apenas de mais uma taça, mas de orgulho, história e identidade resgatada.

Com o troféu de 2025 nas mãos, o Flamengo reafirma sua supremacia no futebol nacional — e reacende a paixão daqueles que vestem o manto rubro-negro com fervor. Mas entre as bandeiras e os cânticos, há um símbolo que atravessa gerações: o apelido “Urubu”. E hoje, com a taça na mão, esse símbolo voa mais alto do que nunca.

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Dois troféus em menos de uma semana: o novo capítulo da hegemonia

A conquista do Brasileirão vem poucos dias após o clube levantar outro título importante — completando, em questão de dias, duas taças que qualquer grande clube do país deseja. Essa sequência demonstra que o Flamengo não depende apenas de sorte ou talento momentâneo: depende de estrutura, consistência e espírito vencedor.

A torcida, vibrando nas arquibancadas, celebrou cada lance, cada defesa, cada gol. O estádio explodiu em alegria quando o árbitro apitou o fim da partida decisiva. Para quem acompanha a trajetória do time há anos, foi confirmação de que este é o momento — de renascimento, dominância e legado.

Mas o que muitos torcedores sentem no peito não se resume às vitórias recentes. Há algo mais profundo: a sensação de pertencimento, de tribo, de símbolo. E é aí que entra o urubu — mais do que mascote, emblema.


“Urubu”: de insulto a identidade — a lenda que virou verdade

Durante décadas, torcedores adversários usaram o termo “urubu” para menosprezar a torcida do Flamengo. Era xingamento, provocação — algo para inferiorizar, para humilhar. A torcida rubro-negra sofria com o preconceito, resistia aos insultos e lidava com a dor de ser alvo de escárnio.

Mas em 1º de junho de 1969, quatro jovens da Zona Sul do Rio decidiram virar o jogo. Armados de irreverência e rebeldia, foram até o lixão do Caju ― então lar de muitos urubus — e capturaram uma ave. Levaram-na para casa, tentaram alimentá-la, e, no dia seguinte, tiveram a ideia que mudaria para sempre a história da torcida: levar o urubu ao estádio.

No Maracanã, penduraram uma bandeira do Flamengo nas patas da ave e a soltaram no gramado. O urubu voou, carregando o estandarte rubro-negro, sobre as arquibancadas rivais. O gesto, antes pensado como provocação, se transformou em símbolo de desafio: aquilo que era ofensa virou orgulho. A torcida do Flamengo, então, abraçou o urubu como mascote, símbolo de resistência e identidade.

Desde então, o “Urubu” deixou de ser sinônimo de insulto — virou marca registrada de quem veste o manto com paixão e história.

Hoje, com dois troféus levantados em poucos dias, o urubu não é apenas um símbolo nostálgico — é coroação. É a prova de que, no Flamengo, até o insulto se transforma em glória.


A taça, o símbolo e a mística rubro-negra

Quando o árbitro apitou o fim da partida do Brasileirão 2025, foram mais do que flashes, festa e rojões. Foi a celebração de um ciclo de vitórias, de dias de luta e de uma torcida que nunca deixou de acreditar. As arquibancadas tremularam com bandeiras rubro-negras, e entre elas muitas com o jogo aéreo do urubu — bandeiras com a ave negra ao centro, símbolo de luta e vitória.

Para quem cresceu ouvindo provocações e desprezo, hoje o urubu ecoa de forma diferente. Ecoa como afirmação, como memória viva, como orgulho. A vitória deste ano não apaga a história — pelo contrário: a reforça. E o apelido, outrora escárnio, hoje domina cada grito: “É urubu!” — com força, com paixão, com vitória.


Reflexão final: o urubu continua voando — e o Flamengo também

O futebol é feito de gols, defesas, troféus. Mas também de símbolos, identidade, memória. O Flamengo, com essa conquista dupla em poucos dias, reafirma que nele não há espaço para neutralidade — há espaço para emoção, para passado, para glória.

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O apelido “Urubu” não é só mascotaria: é história. É prova de que a torcida pode transformar ofensa em força, zombaria em bandeira, provocação em glória. Hoje, a taça brasileira se junta ao manto rubro-negro adornado pela ave — símbolo que voa alto.

E se alguém duvida do poder desse símbolo… basta olhar para o estádio lotado, para os cantos apaixonados, e para o escudo com o urubu tremulando na bandeira. Porque no Flamengo, insulto virou troféu — e o urubu continua voando alto.



Nota da Redação

Esta matéria reproduz trechos originais de um vídeo sobre “Urubu” atribuído ao Hélio Viana de Freitas/@Jogolimpocast, amplamente divulgado em redes sociais e veículos independentes. O conteúdo foi transcrito e adaptado para fins jornalísticos, preservando a integridade das falas.

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By VIDALL

Diretor do portal de notícias Lobo News Information Brasil, é jornalista (reg. MTb), ator profissional (SATED), produtor e diretor do documentário “SOS Homem do Mar” (2011). Atua na interseção entre jornalismo, arte e produção de conteúdo com viés autoral e social.

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