Imagem | ft.com/© Cepropie/AP
O filho de El Chapo, Ovidio Guzmán López, se declara culpado nos EUA por tráfico internacional. Acordo pode render colaboração e acelerar queda do cartel.
Estamos diante de um desfecho marcante na história do narcotráfico internacional: Ovidio Guzmán López, filho mais zeloso de Joaquín “El Chapo” Guzmán, se declarou culpado nos Estados Unidos por tráfico de drogas, conforme confirmado por veículos como a Reuters e a Al Jazeera
Já atuando como uma das lideranças do Cartel de Sinaloa — os famosos “Los Chapitos” — desde a extradição de seu pai em 2017, Ovidio enfrentava acusações de envolvimento direto na fabricação e envio de fentanil, cocaína e metanfetaminas para os EUA, conforme documentos judiciais apresentados em Chicago e Nova York
Por que esse acordo é histórico?
- Primeiro dos filhos de El Chapo a aceitar culpa: Ovidio se tornou o primeiro membro da nova geração da família Guzmán a fechar acordo de cooperação com a justiça americana.
- Impacto direto no combate ao tráfico de fentanil nos EUA: A droga se tornou a principal causa de morte nos Estados Unidos entre jovens e adultos até 45 anos, e o reconhecimento de culpa de Ovidio pode revelar núcleos inteiros da rede logística do cartel.
- Potencial rupturas internas no Cartel de Sinaloa: A prisão dele e do cofundador “El Mayo” Zambada em julho de 2024 desencadeou uma guerra interna devastadora entre facções rivais em Sinaloa.
O contexto internacional e impacto regional
A detenção de Joaquín Guzmán López (outro filho) e de Ismael “El Mayo” Zambada perto de El Paso, no Texas, em 2025, é vista como um golpe estratégico da inteligência americana contra lideranças centrais do cartel, com uso de drones e cooperação austera entre EUA e México Al Jazeera+9Reuters+9El País+9.
Após a prisão de Ovidio, a violência em Sinaloa aumentou drasticamente: entre os primeiros seis meses de 2025, houve 883 homicídios registrados, contra 224 em 2024 — e mais de 1.500 desaparecimentos relacionados ao conflito entre Los Chapitos e La Mayiza Reuters+4Reuters+4Wikipedia+4.
O que pode vir por aí?
Fontes jurídicas afirmam que, como parte do acordo, Ovidio pode cooperar com os EUA em investigações que envolvem políticos, bancos e fornecedores do cartel nos Estados Unidos e México ft.com+1ICE+1.
Enquanto isso, facções rivais como os Zambada seguem exercendo força em regiões como Badiraguato — causando insegurança generalizada e deslocamentos forçados da população local Reuters+4El País+4El País+4.

🧩 Conclusão
Com o reconhecimento de culpa de Ovidio Guzmán López, o primeiro dos “Chapitos” a aceitar cooperar formalmente com os EUA, o perfil da guerra contra o narcotráfico muda. O acordo pode fornecer insumos valiosos para combater o tráfico global de fentanil e desmantelar redes criminosas até então protegidas pela impunidade.
Mas, como expõe este artigo, a grande mídia do Brasil quase não repercutiu o fato, preferindo ignorar o impacto geopolítico e os reflexos concretos no controle da criminalidade nas fronteiras.
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