Da estreia em programas de TV nos anos 1960 ao brilho internacional no Moulin Rouge, Watusi mostra que talento, coragem e resistência são marcas de uma artista implacável.
A força de uma artista que não conhece limites
Maria Alice Conceição, mais conhecida como Watusi, nasceu em Niterói, no dia 4 de junho de 1951. Aos 74 anos, segue ativa, dona de um repertório que mistura resistência, ousadia e uma capacidade rara de se reinventar. O nome artístico surgiu inspirado na tribo africana Watusi, famosa por sua imponência — e ninguém melhor do que ela para representar tal grandeza no palco.
Infância, família e primeiros passos na música
Pouco se sabe sobre sua infância ou pais. Essa base pessoal, ainda que reservada, lhe deu sustentação em meio a uma vida artística intensa.
O início da carreira aconteceu em 1968, quando participou de programas da TV Globo e conquistou público e crítica com sua presença marcante. Em seguida, brilhou no concurso “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por Uma Canção”, ficando em segundo lugar, mas chamando atenção nacional.
Ascensão e apogeu internacional
Nos anos 1970, Watusi conquistou espaço nos palcos do Brasil e do mundo. Gravou compactos pela CBS, incluindo uma versão marcante de “Pata Pata”, de Miriam Makeba. Logo foi contratada pela companhia Brasiliana Ballet, excursionando por diversos países.
Mas o auge veio em 1978, quando assinou contrato com o lendário Moulin Rouge, em Paris. Lá, permaneceu até 1982, tornando-se a única artista brasileira a ter seu nome no famoso letreiro vermelho do cabaré francês. Recebia cerca de 25 mil dólares mensais para cantar e dançar em várias sessões diárias, consolidando-se como estrela internacional.
Retorno ao Brasil e espetáculos marcantes
Ao voltar, em 1982, apresentou o show Simplesmente Watusi, trazendo ao público brasileiro um pouco da grandiosidade que havia vivenciado fora. Em seguida, protagonizou temporadas de sucesso, como o espetáculo Golden Rio, que ficou mais de 1.500 dias em cartaz no Scala do Rio de Janeiro. Também gravou discos aclamados, como Por Causa de Você, pela Som Livre.
Pedro Pauleey dirige, “Um Show de Prazer,” de Junio L’ândrad
Pausas, retornos e reinvenções
Após um período de afastamento, Watusi voltou aos palcos em 2017, com projetos como “Watusi A Nova Era Musical” e “#50 Anos”, apresentados em teatros lotados. Mostrou que sua voz, presença e magnetismo permaneciam intactos.
Os shows recentes: setembro em foco
No último 5 de setembro, Watusi brilhou em uma apresentação intimista no Vinícius Bar, em Ipanema, onde emocionou o público com um repertório de Bossa & Blues. O show, que você poderá conferir em vídeo, trouxe uma atmosfera calorosa e envolvente, reforçando a força de sua presença de palco e reafirmando sua conexão com os fãs.
Já no próximo 26 de setembro, Watusi assume uma nova posição de destaque: ela será a diretora musical do cantor Kleber Júnior em seu espetáculo. A iniciativa marca uma etapa especial em sua trajetória, mostrando não apenas sua força como intérprete, mas também sua capacidade criativa na condução de outros artistas. Esse papel evidencia como Watusi continua ousando, inovando e expandindo sua arte para além dos palcos como cantora.
Uma artista implacável
Mais do que cantora, Watusi é um ícone da resistência cultural. Sua trajetória atravessa décadas, estilos e públicos, mas sua essência permanece a mesma: intensidade, paixão e coragem de ser diferente. Cada vez que sobe ao palco, entrega não apenas música, mas uma declaração de persistência.
Aos 72 anos, sua jornada ainda se escreve. Watusi não se contenta em ser memória — ela é presença, voz e movimento. Uma verdadeira artista implacável, que segue iluminando os palcos e mostrando ao mundo que o tempo não é limite para quem nasceu para brilhar.
Referências consultadas:
Wikipedia — Watusi (cantora) | Instagram oficial — @cantora_watusi | Instagram pessoal — @watusialves
Watusi realmente é uma estrela internacional pois no palco tem mise-en- scene e um “Q ‘ a mais
e dona de um repertório sempre escolhido
a dedos.Sou Fã dessa linda.