Áudio revela manobra ilegal de auxiliar de Moraes e expõe engrenagem clandestina que articulava decisões entre STF e TSE.
📄 Coluna “A TV Não Mostra”
(Todas as declarações a seguir são atribuídas diretamente ao Canal Revista Oeste, em discurso gravado em vídeo. A íntegra do material acompanha esta publicação.)
O áudio que expõe a engrenagem secreta
Um novo capítulo da chamada “Vaza Toga” veio à tona nesta semana, trazendo elementos explosivos para o debate político e jurídico no Brasil. Um áudio revelado por Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE, mostra o juiz instrutor de Alexandre de Moraes, Ayrton Vieira, admitindo manobras para agir fora do rito legal.
Na gravação, Vieira reconhece que não poderia formalmente solicitar relatórios diretamente a servidores do TSE, mas que, para evitar “exposição”, preferia recorrer a caminhos paralelos, utilizando conexões com Moraes.
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Um “gabinete clandestino” entre STF e TSE
O caso revela o funcionamento de uma engrenagem ilícita e irregular, na qual ordens do Supremo Tribunal Federal eram executadas por funcionários do TSE sem os devidos trâmites oficiais. Vieira descreve claramente como buscava dar um verniz de legalidade a ações que, de fato, driblavam a institucionalidade.
Segundo ele, seria “estranho” enviar pedidos diretos ao perito Eduardo Tagliaferro, já que o correto seria passar pelo presidente do TSE. Mas, para evitar a aparência de irregularidade, o arranjo se dava de forma subterrânea, sempre com o “mínimo múltiplo comum” representado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Provas que deveriam parar o país
A denúncia não se trata de mera especulação política. O áudio é uma confissão direta de práticas que, em qualquer democracia consolidada, levariam à abertura imediata de investigações. Vieira chega a explicar o raciocínio de como transformar algo ilegal em “formalmente aceitável”, revelando a existência de um gabinete paralelo de poder.
Esse mecanismo, segundo a análise de comentaristas, foi central para a criação das narrativas que imputaram a Bolsonaro e seus aliados a acusação de tentativa de golpe de Estado.

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A seletividade da velha imprensa
Apesar da gravidade, a repercussão segue limitada. Enquanto veículos independentes e alguns jornais, como o Estadão, começaram a noticiar o caso, emissoras como Globo e CNN têm evitado dar destaque.
De acordo com relatos, a própria CNN teria recusado o material, assim como a revista Veja. Isso reforça a crítica de que parte da imprensa atua como blindagem institucional para proteger certas figuras do Judiciário, enquanto amplia acusações frágeis contra adversários políticos.
Contexto: dos empresários à prisão de aliados
A prática revelada pelo áudio não é isolada. Já em 2022, decisões de Moraes contra empresários que participaram de grupos de WhatsApp levantaram dúvidas sobre os fundamentos jurídicos. Relatos apontam que a única “prova” apresentada teria sido uma coluna de fofoca de Guilherme Amado, usada como justificativa para operações da Polícia Federal.
Casos semelhantes, como a prisão do ex-assessor Felipe Martins, também tiveram origem em materiais frágeis, apresentados como robustos. O padrão indica que a engrenagem paralela TSE-STF não apenas existia, como funcionava para produzir decisões de alto impacto político.
O verdadeiro golpe?
Se confirmado, o áudio desmonta a narrativa oficial de que havia uma “tentativa de golpe” por parte de Bolsonaro e seus aliados. Pelo contrário, mostra que um gabinete clandestino foi usado para construir artificialmente a narrativa de golpe, invertendo papéis e criminalizando opositores.
A questão central que emerge é: o verdadeiro golpe não teria partido das instituições que deveriam zelar pela legalidade?
Conclusão
O áudio de Ayrton Vieira é mais que um escândalo momentâneo. Ele expõe a lógica de funcionamento de um sistema paralelo de poder, onde STF e TSE se misturavam em atribuições e papéis, sempre sob a centralidade de Alexandre de Moraes.
As denúncias trazidas por Tagliaferro não podem ser relativizadas. O que está em jogo é a própria credibilidade do Estado de Direito no Brasil. A omissão da grande mídia apenas reforça a necessidade de espaços independentes que revelem ao público aquilo que o poder tenta esconder.
Nota da Redação:
Esta matéria reproduz trechos originais de um áudio atribuído ao Canal Revista Oeste, amplamente divulgado em redes sociais e veículos independentes. O conteúdo foi transcrito e adaptado para fins jornalísticos, preservando a integridade das falas.