Indenização de R\$ 12,5 mil mensais para Lula, anistia para sequestradores e assassinos da esquerda armada e impasse sobre manifestações de 8 de janeiro expõem a distorção da justiça brasileira.
📰 Coluna “A TV Não Mostra”
A Lei da Anistia, sancionada em 1979 pelo último presidente da ditadura militar, João Figueiredo, é um dos marcos mais polêmicos da história política do Brasil. Criada para reintegrar presos e perseguidos políticos à vida civil, a lei acabou se transformando em um instrumento de distorção da justiça, beneficiando tanto militantes que recorreram à violência quanto autoridades do regime acusadas de tortura e assassinato.
Em meio a esse contexto, Luiz Inácio Lula da Silva passou a receber indenização mensal de anistiado político desde 1993, decisão amparada pelo Ministério da Justiça e considerada legal pelo Ministério Público Federal. O valor atualizado em 2024, segundo a Agência Lupa, chegava a R\$ 12,5 mil mensais.
Aposentadoria especial de Lula
De acordo com informações oficiais do INSS e do Ministério da Justiça, Lula foi reconhecido como anistiado político por ter perdido seus direitos sindicais após liderar greves históricas contra a ditadura no ABC Paulista. Preso em 1980, foi destituído do cargo de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.

Desde então, Lula recebe aposentadoria como anistiado, validada oficialmente em 1993 e garantida judicialmente pelo Ministério Público Federal, que considerou o benefício legal.
Tabela de indenizações e benefícios da anistia
| Nome | Benefício | Valor | Situação |
|---|---|---|---|
| Luiz Inácio Lula da Silva | Aposentadoria de anistiado político | R\$ 12,5 mil/mês (2024) | Ativo desde 1993 |
| Dilma Rousseff | Indenização por danos morais | R\$ 400 mil (pagamento único) | Concedido em 2023 |
| Outros militantes (ex-Zé Dirceu, Franklin Martins, Fernando Gabeira) | Anistia plena após sequestros e ações armadas | Valores diversos conforme casos | Todos anistiados |
📌 Fonte: UOL, Agência Lupa, Conjur, SemArrodeio.com
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Sequestros, assassinatos e anistia para a esquerda armada
Paralelamente às indenizações concedidas a líderes políticos, os grupos armados da esquerda radical que atuaram nos anos 60 e 70 também foram beneficiados pela mesma Lei da Anistia. Entre eles, militantes que cometeram sequestros de diplomatas estrangeiros e assassinatos de empresários e militares.
O caso mais emblemático ocorreu em 1969, com o sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro. A ação foi comandada por Franklin Martins e Fernando Gabeira, com participação de outros militantes que mais tarde seriam anistiados e reintegrados à sociedade.

Imagem | SemArrodeio.com
Além de Elbrick, houve ainda o assassinato do empresário dinamarquês Henning Boilesen, ligado ao Grupo Ultra, e de oficiais estrangeiros como um capitão norte-americano e um major alemão. Todos esses crimes, embora graves, foram perdoados com base na Lei da Anistia.
E os presos de 8 de janeiro?
A contradição se torna ainda mais evidente quando se compara o passado com o presente. Enquanto sequestradores e assassinos foram perdoados, manifestantes que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023 enfrentam prisões em massa, condenações severas e restrições de direitos.
Famílias denunciam perseguição política, prisões arbitrárias e até mortes sob custódia. A discrepância gera indignação em parte da sociedade, que enxerga um duplo padrão de justiça: indulgente com crimes do passado, implacável com atos recentes de contestação política.
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Conclusão: a manipulação da anistia
O contraste entre os benefícios recebidos por Lula e Dilma, a anistia concedida a sequestradores e assassinos da esquerda armada e a rigidez aplicada aos manifestantes de 8 de janeiro expõe uma manipulação criminosa da justiça brasileira.
A anistia que deveria ser símbolo de reconciliação nacional transformou-se em um instrumento seletivo, aplicado de acordo com interesses políticos. Uma distorção que deixa claro: no Brasil, a lei não pesa da mesma forma para todos.

