Sargento da PM do Rio denuncia, em entrevista, práticas violentas e abusivas impostas por facções a meninas nas comunidades. Governo federal anuncia tentativas de conter a escalada de crimes nas áreas dominadas. Entenda o que a TV não mostra.
📄 Coluna “A TV Não Mostra”
(Todas as declarações a seguir são atribuídas diretamente ao Sargento Batata/Canal Zona Policial, com base em pronunciamento gravado em áudio e vídeo. A íntegra do material acompanha esta publicação.)
A TV Não Mostra
O relato explosivo de um sargento da PM expõe o que acontece longe das câmeras
Um vídeo que viralizou nas redes sociais traz o Sargento Batata, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, revelando práticas extremamente graves atribuídas a facções criminosas que controlam diversas comunidades. Em entrevista ao podcast, ele descreve a existência do que chama de “roleta russa”, uma dinâmica de coerção sexual contra meninas.
Segundo o policial, trata-se de um método antigo, repetido há anos dentro de áreas dominadas pelo tráfico. Apesar da gravidade, ele afirma que “a mídia não mostra” e que os casos raramente ganham destaque nas grandes emissoras.

Como funciona a “roleta russa” segundo o sargento
De acordo com o relato, meninas são submetidas a situações de abuso coletivo, imposta por criminosos armados. O sargento descreve que adolescentes são colocadas diante de vários homens e forçadas a atos sexuais. Segundo ele, há casos de jovens que teriam engravidado sem saber quem seria o pai, justamente pela violência sofrida.
O sargento afirma que essa prática é uma forma de domínio e intimidação usada para reforçar o poder dos grupos criminosos sobre meninas e suas famílias.
Embora as declarações sejam fortes, elas refletem a visão de um policial que atua diretamente nessas regiões — e que afirma ter vivenciado e testemunhado episódios do tipo ao longo dos anos.

O caso da menina de 14 anos citado pelo policial
Em um dos trechos mais impactantes, o sargento relata o caso de uma adolescente de 14 anos que teria sido agredida brutalmente após se recusar a atender investidas de um dos líderes do tráfico conhecido como “Coronel”.
Segundo ele, a jovem teria sido espancada e deixada desacordada na porta da própria casa. O policial critica a ausência de repercussão e afirma que episódios como esse são conhecidos dentro das comunidades, mas raramente chegam à grande imprensa.
Para o sargento, o silêncio institucional contribui para que práticas de abuso continuem acontecendo sem visibilidade.
Onde entra o governo federal? As ações anunciadas e os entraves
A fala do sargento ganhou ainda mais reverberação porque ocorre em meio a movimentos recentes do governo federal, que promete reforçar ações de combate a crimes violentos nas comunidades, incluindo cooperação com estados, monitoramento de facções e operações integradas.
As iniciativas incluem:
- envio de forças federais em áreas críticas,
- coordenação com forças estaduais,
- investimentos em inteligência,
- e monitoramento de redes criminosas com atuação interestadual.
O governo federal tenta barrar o avanço dessas práticas ao intensificar ações contra grupos que violam direitos de crianças e adolescentes, principalmente em regiões onde o Estado historicamente tem presença frágil.
Apesar disso, o próprio sargento afirma que tais iniciativas chegam tardiamente e não costumam atacar diretamente a raiz do problema: o domínio territorial e social imposto pelas facções dentro das favelas.
A crítica à mídia: o que a TV não mostra
Durante a entrevista, o sargento reforça que os casos envolvendo meninas vulneráveis simplesmente não aparecem no noticiário de grande audiência.
Para ele, enquanto denúncias de abuso e violência sexual cometidas por criminosos armados ficam sem repercussão, operações policiais — quando ocorrem — ganham críticas imediatas e ampla cobertura.
A afirmação do sargento é que a falta de visibilidade contribui para que a população não saiba a profundidade da violência sofrida por meninas dentro dos territórios dominados por facções.
A escalada da violência e a urgência do tema
Independentemente da posição política ou institucional, as denúncias colocam no centro um problema extremamente sensível: a vulnerabilidade de meninas e adolescentes em regiões dominadas por grupos criminosos.
Os relatos citados reforçam a necessidade de:
- mais investigações,
- proteção efetiva,
- atenção das autoridades federais e estaduais,
- e cobertura jornalística responsável e ampla.
Para muitos moradores dessas áreas, o que o sargento narra não é novidade — apenas é algo que raramente chega às plataformas onde o grande público consome informação.
Conclusão: a violência oculta que precisa de luz
O depoimento do sargento funciona como um alerta: há práticas de abuso e violência sendo impostas a meninas dentro das comunidades, e elas seguem invisíveis para a maior parte do país.
O governo federal, segundo seus anúncios recentes, tenta intensificar ações para enfrentar esse tipo de crime, mas enfrenta a complexidade de um território dominado por facções.
Enquanto isso, como diz o próprio sargento, “a TV não mostra” — e a sociedade segue sem ver o que acontece longe das câmeras.
Nota da Redação
Esta matéria reproduz trechos originais de um áudio atribuído ao Sargento Batata/Canal Zona Policial, amplamente divulgado em redes sociais e veículos independentes. O conteúdo foi transcrito e adaptado para fins jornalísticos, preservando a integridade das fala.

